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Mostrando postagens de 2009

Eco-simplicidade

"Esse texto eu vi no Jornal da Abadá-Capoeira de Americana-SP e resolvi postá-lo aqui..." O que se opõe à nossa cultura de excessos e complicações é a vivência da simplicidade, a mais humana de todas as virtudes, presente em todas as demais. A simplicidade exige uma atitude de anti-cultura, pois vivemos enredados em todo tipo de produtos e de propagandas. A simplicidade nos desperta a viver consoante nossas necessidades básicas. Se todos perseguissem esse preceito, a Terra seria suficiente para todos. Bem dizia Gandhi: “temos que aprender a viver mais simplesmente para que os outros simplesmente possam viver”. A simplicidade sempre foi criadora de excelência espiritual e de liberdade interior. Henry David Thoreau(+1862) que viveu dois anos em sua cabana na floresta junto a Walden Pond, atendendo estritamente às necessidades vitais, recomenda incessantemente em seu famoso livro-testemunho: Walden ou a vida na floresta: “simplicidade, simplicidade, simplicidade”. Ates

Ethos Africano na Capoeira

A capoeira tal como as demais artes de luta, ou artes marciais, contem diversos pressupostos que funcionam como um todo coerente e que conferem singularidade ou indentidade ao sujeito em si. Na capoeira a música é fundamental, ela funciona como elemento de ligação entre os praticantes e dá o ritmo e corpo à arte. É a base da dança, e juntamente com as cantigas e com os instrumentos geram o sentimento africano, o ethos africano, da prática. Berimbaus, atabaques, ganzás, agogôs, voz, palmas, tudo contribui para a criação de uma entidade harmónica. No entanto, mais do que a musicalidade que acompanha o jogo, são as cantigas o elemento mais importante e marcante da capoeira. Se forem retirados todos os instrumentos musicais que acompanham o jogo a capoeira mantém a sua identidade, mas se for retirado o acompanhamento vocal a capoeira perde a sua alma. É pelas cantigas que os mestres passam os seus ensinamentos, que se perpetua a tradição, que se dá a conhecer a história da capoeira e da

Feliz Natal...

Charge do Mestre Cartunista Redi A primeira coisa que vou fazer é agradecer o apoio dos leitores do blog. Sem o apoio de todos nada teria acontecido. Alguns talvez nem leiam este post por estarem de ressaca ou qualquer outra coisa, mas POR FAVOR, SE BEBER NÃO DIRIJA!!! Estamos chegando ao final de Dezembro de 2009! Mais um ano que passa, e a Vida cada vez passa mais rápido. Claro que nem tudo é um mar de rosas. Mas no final, o saldo é positivo, até porque, mesmo a parte negativa, mesmo eventuais exemplos ruins acabam servindo como referência sobre o que deve ser evitado no futuro. Estou fazendo este pequeno post para desejar de coração um... FELIZ NATAL À TODOS!!!

ABADÁ-Capoeira Cadastro Brasil

Agora para facilitar o contato da ABADÁ-Capoeira com seus integrantes foi criado um novo email. abadacapoeiracadastrobrasil@hotmail.com Através dele, os Graduados, Instrutores e Professores, poderão: - Receber informações; - Tirar dúvidas; - Fazer (ou atualizar) seu cadastro na ABADÁ-Capoeira; - Ter um meio de comunicação direto e confiável com a sede no Rio de Janeiro. Este email estará on line no MSN todas as Quartas-feiras, das 12:00 as 16:00, e sempre aberto para receber material dos integrantes da ABADÁ-Capoeira. Façam uso desta nova ferramenta para sempre melhorar a ABADÁ-Capoeira. Fonte: Abadá-Capoeira Blog Oficial

Samba de Roda

Samba de roda é uma variante musical mais primitiva do samba, originário do estado brasileiro da Bahia, provavelmente no século XIX. O samba de roda é um estilo musical tradicional afro-brasileiro, associado a uma dança que por sua vez está associada à capoeira. É tocado por um conjunto de pandeiro, atabaque, berimbau, viola e chocalho, acompanhado principalmente por canto e palmas. Patrimônio Imaterial O Samba de Roda no Recôncavo Baiano, é uma mistura de música, dança, poesia e festa. Presente em todo o estado da Bahia, o samba é praticado, principalmente, na região do Recôncavo. Mas o ritmo se espalhou por várias partes do país, sobretudo Pernambuco e Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro, já na sua condição de Distrito Federal, se tornou conhecido como a capital mundial do samba brasileiro, porque foi nesta cidade onde o samba se evoluiu, adquiriu sua diversidade artística e estabeleceu, na zona urbana, como um movimento de inegável valor social, como um meio dos negros enfrent

Mestre Bimba por Mestre Osvaldo de Souza

Mestre Bimba O outro lado da História! Em 1970 treinando com Mestre Bimba no Centro de Cultura Fisica Regional da Bahia, convidei-o a visitar Goiânia, (Goiás) e ao mesmo tempo ser paraninfo da 1ª turma de capoeiristas, formatura esta feita por mim, Mestre Osvaldo de Souza no Cine Teatro Goiânia. Ele aceitou e consegui trazê-lo através do apoio do Departamento de Cultura do Estado de Goiás para formar 15 capoeiristas! Mestre Bimba ficou comovido com a atenção do público Goiano, pois naquela época estava atravessando uma fase difícil na Bahia, ninguém lhe apoiava e eu cheguei a ver isso de perto! Todos falam: Mestre Bimba prá lá, Metre Bimba pra cá, mas ninguém procurou ajudar o Mestre dentro da maneira que correspondesse a sua expectativa, pelo número grande de discípulos que tinha em Salvador. É importante frisar isto, pois houve/há uma grande deturpação (da verdade?) pela vinda definitiva dele para Goiás e isso posso afirmar com certeza: Mestre Bimba nunca teve a

Capoeira na Men's Health

Ganhe um novo corpo na capoeira Aposte nesse jogo para definir os músculos e deixar seu corpo ágil e flexível Por: Tarso Araújo e Wilson Weigl Foto: Rogério Albuquerque Publicado 23/10/2009 Você quer colocar movimento na sua rotina de exercícios e deixar seu corpo ao mesmo tempo forte e flexível, resistente e relaxado? Então a capoeira é sua opção de treino. A arte marcial tipicamente brasileira nasceu como uma técnica de luta dos negros escravos. Ao longo do tempo, foi se difundindo entre as raças e classes sociais até se tornar um esporte praticado hoje em pelo menos 132 países, segundo a Federação Internacional de Capoeira (Fica). Jogar capoeira é uma alternativa para quem não gosta de treinos com pesos e da rotina de academia e quer construir um corpo sarado. "É uma atividade excelente para ganhar força muscular localizada. Os golpes movimentam grupos musculares que raramente exercitamos", afirma o presidente da Fica, Sergio Luiz Vieira, mestre de capoeira

Mestre João Pequeno de Pastinha

FALTA DE MESTRE PASTINHA, JOÃO PEQUENO É SUCESSOR, CAMARADINHA Texto e fotos: Brígida Rodrigues O senhor nasceu onde? Eu nasci... Em Araci (interior da Bahia), que era a terra de minha mãe, onde morava o pai de minha mãe. E meu pai era de Tanquinho de Feira. Mestre, eu já ouvi umas histórias do senhor... Fiquei sabendo que o senhor era o terror da Bahia... Era eu e João Grande. “Nós era” parceiro de jogo. Apelidavam a gente “os caceteiro de Pastinha”. É, meu Deus... Mas João Grande tá velho, já lá encostado, e eu não, eu ainda tô aí... Eu não quero ficar velho, não (risos). O que é a capoeira pro senhor? A capoeira é parte da minha vida. Posso dizer que é a minha profissão. Minha profissão mesmo de trabalho é pedreiro. Eu sou pedreiro e pintor de parede, pintor de casa. Mas depois da capoeira eu deixei tudo e só vivo da capoeira. Desde que idade o senhor começou a jogar a capoeira? Desde menino que eu ando no meio da capoeira. Agora quem me preparou mesmo foi mestre

Relançamento mundial em DVD do filme: Pastinha! Uma Vida pela Capoeira

Mestre Pastinha e Mestre Noronha Primeiro filme/documentário sobre Capoeira lançado após a retomada do Cinema Nacional, conta a vida do maior mestre da Capoeira Angola, seu Guardião e Poeta - Vicente Ferreira Pastinha , o Mestre Pastinha. Conta com depoimentos dele, de sua companheira D. Maria Romélia, dos maiores mestres da Capoeira Angola, como João Grande, em Nova Yorque, USA, João Pequeno e Curió, em Salvador, Bahia, e Neco Pelourinho, no Rio de Janeiro, bem como o depoimento do Mestre Dr. Ângelo Decânio, o mais antigo discípulo de Mestre Bimba. Conta ainda com entrevistas de Jorge Amado, Carybé, Pierre Verger, Roberto Freire, Ildásio Tavares, do Prof. Muniz Sodré, e dos especialistas em Capoeira Prof. Carlos Eugênio Líbano Soares e Frede Abreu. Pastinha! Uma Vida pela Capoeira está sendo relançado em tres frentes: Editora D+T, de São Paulo, está disponível nas bancas de jornais de todo o Brasil, junto com uma revista especial sobre o  Mestre Pastinha. Livraria Saraiva Digital,

Puxada de Rede

Puxada de Rede A Puxada de rede surgiu após o período da escravidão, quando os negros não acharam oportunidades de se encaixar no mercado de trabalho e procuram seu sustento no mar. E assim uma parte destes negros se deslocam para as entranhas dos mangues, sendo que na região de Santo Amaro - BA , foi umas das primeiras cidades a ser visto negros trabalhando nesta área. A puxada da rede do xareu (designação comum a várias espécies de peixes teleosteos, percomofos, migratório, da família dos carangídeos, encontrados no oceano atlântico) é uma das heranças mais interessantes dos tempos da escravidão, sobretudo pelo aspecto folclórico, que transforma um lambor fatigante em uma das mais agradáveis atrações das praias baianas. Observe-se tendo em vista o desenvolvimento tecnológico da pesca e outros fatores relacionados com o meio ambiente, essa atividade artesanal encontra-se, desde a década de 70, em franca decadência, sendo exercida, esporadicamente, por algumas das pequenas col

Maculelê: Dança e Luta

Click na imagem para ampliar Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, cidade marcada pelo verde dos canaviais, é terra rica em manifestações da cultura popular de herança africana. Berço da capoeira baiana, foi também o palco de surgimento do Maculelê, dança de forte expressão dramática, destinada a participantes do sexo masculino, que dançam em grupo, batendo as grimas (bastões) ao ritmo dos atabaques e ao som de cânticos em dialetos africanos ou em linguagem popular. Era o ponto alto dos folguedos populares, nas celebrações profanas locais, comemorativas do dia de Nossa Senhora da Purificação (2 de fevereiro), a santa padroeira da cidade. Dentre todos os folguedos de Santo Amaro, o Maculelê era o mais contagiante, pelo ritmo vibrante e riqueza de cores. Sua origem, porém, como aliás ocorre em relação a todas as manifestações folclóricas de matriz africana, é obscura e desconhecida. Acredita-se que seja um ato popular de origem africana que teria florescido no século XVIII