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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Gangues do Rio de Janeiro Imperial - Parte 3/6

Cada malta apoiava um partido político e recebia proteção dos respectivos parlamentares. Acima, Nagoas carregam nos ombros o deputado conservador Duque- Estrada Teixeira, que criticou a polícia em plena assembleia O território dos Guaiamuns avançava pela atual praça Quinze, compreendia os morros de São Bento e Providência e terminava no Campo de Santana, área dominada pelos Nagoas, que estendiam seus domínios pelas freguesias que cercavam a área central da cidade. Controlavam, portanto, os atuais bairros da Lapa, Catete e Glória. Dessa maneira, dominavam uma parte da capital que ainda estava em formação, onde se localizavam as chácaras, sítios, fazendas e até mesmo quilombos. As duas grandes maltas também se distinguiam pelas cores das fitas que utilizavam: os Nagoas se identificavam com a cor branca, e os Guaiamuns, com a vermelha. Além das disputas entre as maltas, era comum os capoeiras aterrorizarem os moradores do próprio território que ocupavam. Muitas vezes, quando

Gangues do Rio de Janeiro Imperial - Parte 2/6

Durante o Império, as maltas de capoeira atemorizaram a capital. Escravos renegados usavam esse misto de dança e luta para desafiar seus senhores e controlar bairros inteiros da cidade por Maurício Barros de Castro A praça XV de Novembro em 1904: após a expulsão dos capoeiras, a cidade foi remodelada para se enquadrar nos padrões europeus de urbanismo e civilidade A condição ambígua do escravo no Rio de Janeiro colonial e, posteriormente, imperial possibilitou a associação dos capoeiras em maltas. A dependência da cidade em relação ao escravo fazia com que ele transitasse por vários segmentos sociais e espaços geográficos. Um lugar-chave para os encontros entre os capoeiras eram os chafarizes. Distribuídos em alguns pontos da capital, eram locais de disputa e integração dos escravos capoeiras que iam buscar água para as casas de seus senhores. O mais antigo registro da palavra “capoeira” de que se tem notícia data de 1789 e se refere à libertação de um escravo chamado

Gangues do Rio de Janeiro Imperial - Parte 1/6

Durante o Império, as maltas de capoeira atemorizaram a capital. Escravos renegados usavam esse misto de dança e luta para desafiar seus senhores e controlar bairros inteiros da cidade por Maurício Barros de Castro No século XIX, o jogo se tornou uma arma dos cativos para desafiar a ordem a impor um poder paralelo em suas comunidades Rio de Janeiro, século XIX. Os moradores do atual bairro da Lapa estão reunidos para assistir ao desfile de uma banda militar quando, de longe, avistam um grupo de negros que aparece à frente dos músicos, gingando e dando rasteiras. Eles se aproximam. Começam a exibir suas navalhas e ameaçar o público, tanto verbal quanto corporalmente. A multidão se assusta. Todos sabem o que significam aqueles movimentos: é a temível capoeira que desfila pelas ruas da cidade. É comum ouvir que essa mistura de dança e luta nasceu no ambiente rural dos quilombos e senzalas, mas os estudos recentes mostram que a capoeira se desenvolveu em diversas cid

Livro: Cadu e as histórias de Bantu

Sobre o livro: A autora Alexandra Barcellos nesta obra Cadu e as histórias de Bantu apresenta ao público juvenil as raízes afro-brasileiras, pouco exploradas na literatura específica para esta faixa etária, situando a narrativa no vilarejo mítico e sugestivo de africanidade Bantu, aonde o protagonista Cadu dotado pelas asas da imaginação, vivencia peripécias repletas de aprendizagem por entre o ondular de coqueiros e a presença do mar. Leiam o restante da resenha do livro na fonte abaixo... Fonte: Portal Capoeira

Feliz Ano Novo...