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Mostrando postagens de junho, 2017

Sorocaba: o historiador, Carlos Carvalho Cavalheiro, lança o livro “Notas para a História da Capoeira em Sorocaba”

Carlos Carvalho Cavalheiro: ‘Notas para a História da Capoeira em Sorocaba’ O livro foi contemplado pelo Edital PROAC (Programa de Ação Cultural), da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. O livro “Notas para a História da Capoeira em Sorocaba (1850 – 1930)”, de autoria do escritor e historiador Carlos Carvalho Cavalheiro foi lançado no dia 10 de junho (sábado), às 15h, na Biblioteca Infantil de Sorocaba. Resultado de quase 20 anos de pesquisa, a obra trata do desenvolvimento da luta capoeira numa cidade do interior de São Paulo. O ineditismo da pesquisa serviu de base para outros pesquisadores, como Pedro Cunha que publicou sua dissertação de Mestrado, “Capoeiras e valentões”, no ano de 2015. Esse mesmo pesquisador escreveu o prefácio para Cavalheiro, evidenciando que seu livro “consolida um trabalho pioneiro”, iniciado em fins da década de 1990, e que seus estudos “vem inspirando diversos outros pesquisadores como eu a romperem o silêncio da historiografia da cap

Carta para um Jovem Negro e Capoeirista Assassinado na Amadora

Lenine Sanches nasceu em Cabo Verde e veio para Portugal aos nove anos de idade. Tal como muitos jovens oriundos de famílias africanas, a sua vida não era fácil, marcada por intempéries e dificuldades. Foi por volta de 2010 que o conheci num projeto social na freguesia de Caneças, no concelho de Odivelas, onde ele atuava como dinamizador junto ao projeto Távola Redonda, em conjunto com outros jovens de origem africana. O projeto social Távola Redonda foi criado em parceria com instituições locais para desenvolver atividades lúdicas e culturais junto aos jovens do bairro. Lenine fazia parte de um grupo de jovens que já praticava capoeira, mas que na altura não possuía professor. As aulas aconteciam na Casa da Cultura de Caneças e no dia em que o vi pela primeira vez, ele estava na aula que, por falta de professor, era dada por um dos jovens que tinha um pouco mais de experiência. Aceitámos conduzir as classes de capoeira em regime voluntário, realizando uma parceria entre o projeto T

O golpe, a ingratidão e o descaso

O golpe, a ingratidão e o descaso… Em 1971 aos oitenta e dois anos de idade, Pastinha já quase cego por causa de uma catarata, é obrigado pela prefeitura a se retirar do casarão, que entraria em reformas, com a promessa de que assim que estivesse pronto poderia voltar. E voltou? Mestre Pastinha teve então que se mudar. Foi morar na Rua Alfredo Brito n° 14 no Pelourinho, em um quarto escuro, úmido e sem janelas. Único lugar que dava para pagar com o mísero salário que recebia da prefeitura, já que não podia contar mais com o dinheiro das aulas. Ainda na mudança, foram perdidos muitos móveis, quadros que o mestre pintava e fotografias, que juntos hoje, constituiriam um grande acervo cultural da nossa história. Para piorar o prédio foi doado para o Patrimônio Histórico da Fundação do Pelourinho que posteriormente o vendeu para o SENAC que transformou o prédio em um restaurante. Este foi um dos maiores absurdos praticados contra a nossa cultura. Mestre Pastinha foi usado