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Obra foi publicada pela editora francesa L’Harmattan - Tuane Eggers |
O coordenador da área de Humanidades da Univates, professor doutor Daniel Granada, teve publicado, por meio da editora francesa L’Harmattan, o livro de sua autoria intitulado “A prática da capoeira na França e no Reino Unido”. A obra apresenta os resultados de sua tese de doutorado, realizada sob supervisão conjunta entre duas universidades – University of Essex (Reino Unido) e Université de Paris Ouest Nanterre La Défense (França) – e conta com prefácio redigido pelos dois orientadores, Stefania Capone (EHESS) e Matthias Assunção (University of Essex).
De acordo com o professor, o objetivo do livro é fornecer um panorama de fenômenos menos evidentes dentro do processo de globalização. “Quando falamos em globalização, pensamos quase diretamente em uma americanização da sociedade em nível global, entretanto, o livro demonstra que existem relações bem mais complexas dentro do mundo globalizado”, explica.
A obra é construída por meio de relatos dos praticantes de capoeira em duas metrópoles europeias, Paris e Londres, e mostra como o fenômeno de expansão da prática da capoeira não está mais exclusivamente ligado à imigração de brasileiros, mas repousa, cada vez mais, sobre a apropriação da prática por agentes locais.
O livro pode ser adquirido pelo site da editora: www.editions-harmattan.fr.
Saiba mais sobre a obra
A capoeira foi classificada como patrimônio mundial pela Unesco no ano de 2014. Enquanto prática associada ao legado dos afrodescendentes no Brasil, ela reflete a mistura de povos e de culturas de nosso país. A capoeira está em plena expansão no século XXI, sendo praticada em muitos países. Em grandes cidades como Paris e Londres, ela continua a escrever a sua história, adaptando-se e se impondo a um número cada vez maior de praticantes.
Por meio de pesquisa etnográfica realizada com diferentes grupos de capoeira, o autor destaca relações de poder que organizam este mercado. O estudo mostra que as novas identidades construídas dentro destes grupos não têm como referência central o mundo do trabalho ou do Estado-nação, mas sim, novas formas de sociabilidade, com uma identificação ligada a um estilo de vida reivindicado como “alternativo” pelos seus praticantes.
Texto: Tuane Eggers
Fonte: UNIVATES
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